quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

DESAPONTAMENTO NA SÃO SILVESTRE DE LISBOA

Nesta situação é mesmo caso para dizer que “no melhor pano cai a nódoa”. Os promotores da 1.ª Edição da São Silvestre de Lisboa pretendiam organizar um evento de grande impacto em e transformá-lo num dos maiores a nível nacional. Em parte conseguiram, mas houve muitos pequenos aspectos não conseguidos que criaram grandes transtornos.

Foi com grande tristeza que constatei, sábado de manhã, que as condições atmosféricas eram péssimas, não tendo a chuva dado tréguas até ao momento da partida. Dos muitos contratempos, este terá sido talvez o maior, que não deixou ultimar de forma meticulosa alguns pormenores. Os participantes também olhavam para este facto com algum cepticismo, mas sempre na esperança de que o tempo iria melhorar, o que não aconteceu, tendo-se inclusive intensificado a precipitação na hora e meia que antecedeu a realização da prova.

Este é só um exemplo das dificuldades. Outro aspecto, no nosso entender dos mais negativos, foi a estratégia que presidiu à distribuição dos dorsais fora do local da partida. Como sabemos, é normal levantar os dorsais no dia da prova. Como é do vosso conhecimento, não tenho por hábito deixar para esse dia a realização dessa tarefa. Se a prova se realiza na Grande Lisboa, gosto de levantar os dorsais antecipadamente, dessa forma possibilitando resolver alguns detalhes, separar e distribuir todo o material previamente, até porque alguns atletas gostam de ir para o local da partida em viatura própria e já munidos de dorsais e chips. Desta vez, contudo, e tomando em consideração que estava com uma forte gripe e porque também acreditava que podia levantar os dorsais no local da partida, não o fiz antes. Para mim e para a nossa equipa foi uma grande frustração porque os dorsais não estavam lá, tendo a organização alegado que haver informado, através do site, que esse era o procedimento a implementar.

Como é natural não concordámos, e tentámos minorar os efeitos do incidente. Confesso que foi muito desagradável estar durante 40 minutos, debaixo de uma chuva impiedosa, a mendigar dorsais já pagos. Durante esse tempo foram-nos dadas algumas informações, nalguns casos contraditórias, houve quem tivesse assumise a responsabilidade e quem descartasse a mesma responsabilidade. Confesso que na altura fiquei bastante indignado, e por mais que quisesse não conseguia sentir-me responsável, principalmente porque estavam a ser entregues dorsais, nomeadamente para os VIP.
Quero acreditar que a organização vai alterar esta metodologia e que em edições futuras as coisas possam acontecer de outra forma, principalmente porque me parece que somos nós, os demais corredores, que nos inscrevemos e pagamos a nossa participação, que damos corpo à prova, e que por tal merecemos a mesma atenção e gentileza com que os restantes são presenteados.

Da minha parte, mais uma vez as minhas desculpas à equipa.

Luís Lourenço

1 comentário:

joaquim adelino disse...

Olá amigo Luís
Foi justo o reparo que fizeste à organização da prova naquele pormenor da distribuiçao dos dorsais. A prova não merecia esta mancha, pelos menos para aqueles que ficaram penalizados com a situação, ou para alguém da organização que felizmente reconheceu ali a existência de alguma inesperiência possível de evitar.
A frustação foi de facto elevada e vários factores contribuíram para isso, agora é andar para a frente e sempre atentos porque a "profissionalização" destes eventos obriga-nos a olhar os pequenos detalhes onde se determina coisas muito sérias.
Um Abraço e um bom Ano para ti e familiares.