segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

À TERCEIRA FOI DE VEZ


Existem dois ditos populares que, em termos de expectativas, nos remetem para posturas antagónicas, ou seja: dizem, em certas circunstâncias, que não existem duas sem três ou que à terceira é de vez. Eu, particularmente, tenho mais tendência para assumir a segunda versão, porque nela está inclusa a possibilidade de persistir, de melhorar ou de superar. No caso da prova comemorativa do aniversário da Associação Desportiva do Bairro de Santiago, que era a terceira do calendário de prova do 25.º TCCCL, das duas situações uma teria de acontecer. Considerando as duas anteriores, felizmente para todos correu tudo bem, daí podermos dizer que à terceira foi de vez.

Vamos lá então aos factos que ficam para a história. Como é hábito, encontrámo-nos cedo (7h50) no local do costume (frente aos Paços do Concelho) para rapidamente nos deslocarmos para o também habitual café (Pedroguense) e aí tomarmos a “bica” da ordem. Desta feita, e como a prova era só as 10h45, deixamo-nos ficar à conversa e actualizámos alguns das questões mais quentes do quotidiano, com as questões da crise e do desemprego a assumirem preponderância nas preocupações do grupo. Depois deste pequeno momento de reflexão, partimos para Camarate. A carrinha não ia cheia, mas como a prova era perto sabia que muitos atletas iriam lá ter directamente.

Já em Camarate confirmou-se o prognóstico, a equipa estava praticamente toda, as baixas eram poucas, e felizmente para nós só uma estava relacionada com lesão desportiva. Mais alguns momentos de convívio, e a oportunidade para rever amigos e parceiros de corrida. O tempo estava simpático, não chovia nem estava muito frio, aliás o sol, a espaços, lá foi dando um ar da sua graça. Assim, e aproveitando o enquadramento, partimos para o aquecimento. O nosso grupo dava de facto um ar muito coeso, com comentários quanto à nossa indumentária, ao número de elementos presentes e ao respeito que já vamos incutindo, principalmente junto dos mais novos.

Aquecimento feito, e lá estávamos nós prontos para mais um embate, que desta vez não seria fácil. A prova do B.º de Santiago será, talvez, a segunda mais dura do Troféu. Desta feita o tiro de partido foi substituído por um apito, quer nos impeliu com energia pelo longo carrossel de sobe-e-desce pelas ruas desta localidade da zona oriental do concelho. Foi sem dúvida uma corrida muito enérgica, que nos obrigou à estratégia de guardar energia para o último quilómetro, que era sempre a subir.

Foi de facto esclarecedora a nossa prestação, praticamente todos os atletas a pontuarem nos seus escalões, o que possibilitou um pecúlio de 213 pontos e o respectivo primeiro lugar por equipas. Se considerarmos que não temos escalões jovens, que os poucos atletas que faltaram tinham fortes possibilidades de pontuar, caso da Susana Adelino, e ainda que os que competiram eram todos do escalão de veteranos, o que remete de imediato à leitura que “velhos são os trapos”, então temos fortes motivos de regozijo. Esta vitória ilustra que somos de facto uma grande equipa, e explica também por que é que alguns dos elementos, que constituem o pilar deste grupo, têm já mais de 20 anos na equipa. Assim vale a pena, e se mantivermos esta coesão e participação seremos pela certa uma das primeiras equipas do concelho no TCCCL.
Quanto à organização, os nossos parabéns. As poucas lacunas registadas ao nível da entrega de prémios não são suficientes para porem em causa o seu esforço e o modo como todo o evento decorreu, com principal destaque para a corrida.

Um abraço,

Luís Lourenço

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